quarta-feira, 19 de março de 2014

O CORPO ULTRAJADO ONTEM SERÁ O CORPO NEGADO AMANHÃ?

Imagem publicada – o quadro pintado por Pedro Américo (1843-1905), denominado "Tiradentes esquartejado", uma célebre representação pictórica do alferes, com um corpo cortado aos pedaços, após seu esquartejamento sobre o cadafalso, um corpo insurgente e rebelde contra a Coroa de Portugal, um quadro destinado a celebrar um herói da História do Brasil. Lá vemos a cabeça separada do corpo, com um crucifixo ao lado, com a corda da força pendente acima, e seu tronco embaixo, separado, com uma das pernas espetada e exposta. Um corpo que trai o heroísmo desse condenado, pois não celebra sua Inconfidência Mineira, pelo contrário anuncia o que pode ser feito em nome do Império: os corpos serão ultrajados e fragmentados. Como em artigo citado há a pergunta: que outro herói nacional político foi representado em tela grande aos pedaços? Talvez, hoje, apenas os novos corpos descartáveis nas telas pequenas...

E A VIOLÊNCIA NATURALIZADA QUE OS FAZ DESAPARECER.

Ontem li uma frase, nas nossas redes ditas sociais, que me tocou profundamente: “Estou me sentindo um lixo humano”. Era forma indignada de não “curtir” a notícia sobre a mulher morta a tiros e arrastada no camburão.

Foi a reação à imagem de barbárie e destroçamento de um corpo humano. A cena e a notícia em mim sintetizaram nossos corpos e vidas ultrajados. Historicamente ultrajados.

A imagem, a cena obscena, com essa hiper difusão pelos meios televisivos, tocou os outros corpos que somos. Será que sensibilizou algumas mentes? Só tenho a certeza de que o nome invadiu nossas telas e mentes: Cláudia Ferreira da Silva.
Não preciso repetir o que fizeram com seu corpo? Ele, aquele corpo-cidadão, já foi ultrajado no simples ato de ser colocado na ‘caçamba’ da viatura dos PMs, mesmo que ainda tivesse vida.

Junto com a indignação e a identificação o que me trouxe esta violência? Primeiramente a indagação, o como, depois o repúdio, o porquê, e, agora, a reflexão, para quê, até quando? Quanto tempo dura, na nossa Sociedade do Espetáculo, uma imagem chocante de violência contra um corpo, como memória?

Para que possamos refletir juntos, abro o meu próprio corpo às sensações que estas guerras urbanas e suas pacificações nos trazem. As nossas memórias não guardam as histórias de heróis ou dos não heróis, reconhecidos ou desaparecidos, cujos corpos foram destroçados.

Esta é a mesma memória que vem junto com a própria História Oficial. Há um belo texto que lhes recomendo, de Jean Pierre Vernant: A Bela Morte e o Cadáver Ultrajado. O historiador nos conta como os gregos, em tempos da Guerra de Tróia e outras guerras, vivenciavam o sentido de morrer em batalhas. A sua noção de vida breve e intensa, contra a qual nem a violência destruidora a faz desaparecer.

O relato da morte de Heitor, irmão de Paris o suposto causador da Guerra, por Aquiles, o herói grego quase imortal e seu calcanhar, é emblemático para a nossa indagação de raízes imagéticas e trans históricas da repetição que me veio à mente.

Quando o troiano é morto em batalha na frente das muralhas quase inexpugnáveis da sua cidade, começa ali a derrota de Tróia, que culmina com o Cavalo. Para quem não conhece há o filme Tróia, versão de Hollywood com Brad Pitt, ou de Helena e Páris.

Entretanto, podem se perguntar e me interrogar o que há entre essa cena e a violenta morte de Cláudia lá no Morro da Congonha? E respondo que não há nenhuma “ligação” direta.

Há, quem sabe, apenas o fio condutor, a-histórico, quiçá banal, do que apareceu agora na tela da minha tele-visão. No meu zapping habitual: uma mulher com sua mão sendo colocada dentro de um liquidificador. Não era o BBB e nem o filme Tiras em Apuros, muito menos o seriado A Ponte, com um corpo cortado ao meio, no meio de dois países, no meio da ponte.

Corte a cena e volte para Tróia. Lá o Heitor é morto por Aquiles. Em seguida seu corpo é amarrado à carruagem do protegido dos deuses, o invulnerável, e arrastado diversas vezes em volta das muralhas. Era o que Vernant diria como o ultraje do corpo do guerreiro, seu despedaçamento, e, caso ficasse insepulto, o apagamento de toda sua glória. Um corpo sem história.

Os guerreiros precisavam de uma Bela Morte, a ‘kalós Tanatós”. Morrer com algum feito que chegasse como narrativa ao porvir, aos cantos e à memória. Pergunta-nos Vernant: “Como poderia ultrajar-se o corpo do herói e extirpar-se a sua lembrança?”.

Corte novamente a cena. Vamos aos Anos de Chumbo. Um homem, um cidadão, chamado Stuart Angel é amarrado a um jipe militar. Ele está ali após longo período de cárcere e torturas. Colocam a sua boca no cano de descarga e o arrastam pelo aeroporto militar. Fica parecido, mas não é o troiano. É um jovem que sonhava mudar o país e lutava contra uma Ditadura.

Ao jovem de 25 anos, do MR-8, um re-existente à violência do Estado, também foi aplicada a pena de não ter uma bela morte. O seu corpo, como um Amarildo de 1971, foi negado à sua mãe, Zuzu Angel, mesmo que esta tenha bravamente lutado para recebê-lo, como o pai de Heitor.

E, mesmo destroçado, honrá-lo como todo corpo tem o direito de sê-lo. Ser sepultado ou cremado. Stuart, Sônia, Fernando e muitos outros, aeticamente, como os Amarildos de hoje, se tornam apenas mais um na lista de desaparecidos. Um corpo político, violentado, ultrajado e negado. Para o regime violentador eram apenas “corpos de subversivos”.

Portanto, ao olharmos a transversalidade histórica desses corpos, incluindo o corpo esquartejado de Tiradentes, buscar entender esta perversa estratégia naturalizada pelo Estado. Um corpo que pode ser desfigurado, transformado em coisa abjeta, desumanizado e sem direitos. Um futuro cadáver a ser esquecido. A ser transformado em ninguém, a ser apenas nada.

Não podemos, então, como se fôssemos tão invulneráveis com Aquiles, tão despedaçados como Heitor, tão mutilados e arrastados como Stuart, e, enfim, tão coisificados como Cláudia, também arrastada cruamente, aceitar a negação destes corpos em nós. Estão eles e elas, heróis ou zé-ninguém, incrustados nos nossos chamados inconscientes coletivos e nas nossas reterritorializações vividas.

Os corpos, nas suas diferenças e multiplicidades, são nossa maior e verdadeira obra de arte, já o disse Guattari. Entretanto, quando seus direitos são castrados, na banalização e naturalização das violências, principalmente as exercidas em nome da Ordem, do Controle, do Progresso, da Família, e nos hipercapitalismo, em nome da Propriedade e do Consumo, biopoliticamente, podem ser vivenciados como lixo.

Para os funerais não realizados por decreto de generais é que agora estão sendo lembrados alguns desses que foram lançados em cemitérios clandestinos, como Perus, em São Paulo. A Memória, assim como o corpo humano, não pode ficar fracionada ou vilipendiada. Se tivermos semelhantes sem corpo ou sepulcro, mortos, desaparecidos ou suicidados, ou, como Cláudia também trucidados, não poderemos cicatrizar nunca estas feridas no chamado corpo ou tecido social.

Os velhos soldados, fardados e autorizados por novas marchas, podem nos jogar no porta-malas. E, mesmo que os prendam ou desmilitarizem, ainda assim podemos continuar sendo arrastados...

Desejamos fazer, inventar e construir outra História? Ou, só caminhamos alienados ou conscientes, para nossa Bela Morte?

(copyright/left - favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet e outros meios de comunicação de massas e para massas)

 Leituras recomendadas/fontes para resgate da História:

A Bela Morte e o Cadáver Ultrajado – Jean Pierre Vernant 

A fragmentação do corpo do herói e a sensibilidade do final do século 19


Brasil Nunca Mais (Digital)  https://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/

Sobre Cláudia Ferreira da Silva - 'Trataram como bicho', diz o marido da mulher arrastada em carro da PM - https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/trataram-como-bicho-diz-marido-de-mulher-arrastada-em-carro-da-pm.html

Filme – Tróia - https://www.ustream.tv/recorded/2647736 (com legendas em espanhol e dublado)

Helena de Tróia - https://www.youtube.com/watch?v=AUlTQHVdesM (só dublado)

LEIAM TAMBÉM NO BLOG –
Negros, Deficientes e Mestiços - as encruzilhadas das neo-velhas eugenias ...
https://infoativodefnet.blogspot.com.br/2015/05/negros-deficientes-e-mesticos-as.html

MULHERES PODEM SE TORNAR DEVIR, NÃO SÃO UM DEVER -
https://infoativodefnet.blogspot.com.br/2014/03/mulheres-podem-se-tornar-devir-nao-sao.html

O MEDO TEM MAIORIDADE! CRIANÇAS LOUCAS E ABUSADAS OU ADOLESCENTES SELVAGENS, QUEM SOMOS?  

sábado, 8 de março de 2014

MULHERES PODEM SE TORNAR DEVIR, NÃO SÃO E SERÃO UM DEVER....

Imagem publicada – fotografia que fiz da capa da Revista Caros Amigos, de novembro de 2004, há quase 10 anos atrás, quando Cecília Maria Bouças Coimbra, então presidente do Grupo Tortura Nunca Mais RJ, concedeu uma entrevista que recebeu a manchete: “Abram os arquivos da Ditadura”, na qual ela já pedia o exercício de uma busca da memória e da história do Brasil. Ela afirmava, então: “Nunca se chegou publicamente a dizer: - ‘o Estado foi terrorista’ e o Estado covardemente assassinou, sequestrou, desapareceu com corpos.”. Muitos desses corpos eram de mulheres, como Sônia Stuart Angel, que acreditavam na re-existência feminina à qualquer forma de totalitarismo, mesmo que isso implicasse no risco de suas próprias vidas. Afirmaram o quanto é preciso de coragem e determinação na defesa de direitos humanos, nos quais se incluem, hoje, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Hoje, para além das conquistas legais, muitas ainda terão de lutar pelos seus direitos...

Mulheres, como lembrar, para homenagear, o que significa um ser, um gênero, uma diferença humana, singularidades que nem mesmo Freud ousou decifrar?

 Lembrar, então, de modo mais simples e nada profundo, que já houve, como vida, na existência de qualquer um a presença feminina. Indecifráveis. Elas..., mães, singulares mulheres de todos e todas...

Eu, aqui, recentemente recuperei uma histórica e importante presença delas que me povoa e alicerça. Reencontrei uma velha reportagem da revista Caros Amigos, de 2004. Nela, relembrei, afetuosamente, uma antiga companheira de lutas: Cecília Coimbra.

Ela, na época contava sua história pessoal e de seu ativismo político, revelando a ‘caixa-preta da Ditadura’, mas também a dura experiência de seus porões e seus torturadores, a serviço de um Estado terrorista e de exceção.

Passei um tempo a refletir sobre mulheres que, para além da Ditadura, persistem na direção oposta do retrocesso histórico. Estiveram como Cecílias, caminhando, sem marchar militarescamente, para se tornarem devir e, por isso, continuam questionando os “deveres” impostos à condição feminina.

Reencontrei-me, também, com meu tempo de ‘bendito o fruto’(embora não ‘abençoado’ e único) em um grupo majoritário de mulheres. Fui, na minha memória já falha, de volta ao criativo e pensante grupo de mulheres do Núcleo. Estas “psis”, psicólogas e psicanalistas, que desejavam uma Klínica para além das instituições oficiais.

Sim, um núcleo dissidente destas instituições, nos anos 80 para os 90. O Núcleo Psicanálise e Análise Institucional. Foi lá que pude me aproximar de alguns conceitos que me nutrem até os dias de hoje. Foi, então, com as minhas amigas de debates e de buscas instituintes, que tentei entender o significado do “devir-mulher”.

Esta possibilidade pequena, sensível e diferenciada, a partir da leitura de Deleuze e Nietzsche, e, suavemente, com Suely Rolnik e Felix Guattari, que nos obrigava muitas outras grandes e profundas leituras, muitos outros caminhos à moda de Heráclito. Nada era totalmente conhecido, nossos passos conjuntos criavam e inventavam novos passos, novos caminhos, novas veredas. Novas interrogações sem certezas.

O devir-mulher, assim como outros devires (devir-animal, devir-invisível, devir-molécula,...), é uma resultante de seres que estão em permanente e intenso fluxo. Constroem-se, a partir de alianças onde há uma suavidade e amizade, alianças afetivas que fazem sempre escapar das políticas de identidades.

Fazem também escapar do modelo de dever ser mulher ou homem. O dever de estar de acordo com o desejo de um Outro onipresente, aquilo que foi chamado de falocracia. Um modelo machista, que também pode atingir e contaminar o corpo feminino, quando este fica tão próximo do poder e da violência.

Os pensadores Brucker e Finkielkraut nos interrogam ao afirmar que: “... homens e mulheres, vocês acreditam estar falando, a nova linguagem da liberação, mas ainda há muitos obeliscos em seus fantasmas,..., vocês são objetivamente culpados da Cârencia (falta) que se acreditam subjetivamente isentos...”.

Os filósofos, mais que os psicanalistas, têm nos advertido da permanência do falocentrismo. A sua invisível presença, já o disse antes, se faz com as macropolíticas enrijecedoras e castradoras ao mesmo tempo. Não bastará termos ‘presidentas’ ou ‘senadoras’. Ainda mais quando se tornam ‘damas de ferro’ ou sósias da solidão do poder.

Revi, estes dias, o filme “Hannah Arendt”, de Margareth Von Trotta,  pude ver na história da filósofa e suas ideias o quanto é possível esse devir-mulher superar quaisquer dos deveres impostos ao feminino. Foi lendo seus textos sobre os riscos de nossos fascínios pelos modelos totalitários, que encontrei esta possibilidade. A sua leitura da violência é fundamental.

Ao lembrar-se da lúcida Cecília e das outras amigas ficou mais claro ainda que não poderemos silenciar a História dos Anos de Chumbo no Brasil. Como nos diz Arendt: “...Não há dúvida de que é possível criar condições sob as quais os homens são desumanizados – tais como os campos de concentração, a tortura, a fome -, mas isso não significa que eles se tornem semelhantes aos animais...”.

Não há raiva e revisionismo em quem foi torturado, como esta amiga, há é uma indignação quando “há razão para supor que as condições poderiam ser mudadas, mas não o são’’. E não serão as marchas retrógradas, com ou sem a Família, que trarão o regime e o pavor militar como solução final para o Brasil.

Lá, nos tempos nuclêicos, como gosto de lembrar estes encontros rizomáticos, aprendíamos que o devir-mulher, como parte de nossa luta libertária para não reproduzir os jogos de poder, nos poderia criar/inventar possíveis novas subjetividades ainda não capturadas pelas formas de existir do hipercapitalismo.

Essas amigas eram implicadas, de corpo e ‘alma’, com outras lutas, nos mais diversos espaços, da Universidade aos consultórios privados. Como Cecília Coimbra, com o Grupo Tortura Nunca Mais. Essas mulheres me mostraram, também, que não há e nem pode haver a dicotomia entre a nossa micropolítica e nossos desejos de trans-formação do mundo.

Fiquei e ficarei, portanto, com as suas marcas indeléveis, suas novas suavidades, suas poéticas lembranças e uma indestrutível amizade e cumplicidade, para além do Tempo.

Hoje, quando reflito ou assisto esse novo mundo dito líquido moderno, vejo e sinto a retomada de um corpo feminino que, do evangélico pastoral ao banal carnavalizado, ainda não rompeu com as correntes que podem aprisionar seus devires.

Por isso fui buscar as antigas companheiras, in memoriam também a que chamou afetuosamente de ‘capitão’ de nossa nau de insensatos corações, Maria Beatriz Sá Leitão, como alento e esperança para as mulheres a quem desejo um novo devir. Um novo mundo Outro, com os úteros como força transformadora de subjetividades capturadas e alienadas.

Somente as linhas de fuga, como diziam Guattari e Deleuze, podem romper os modelos binários e dicotômicos com o devir-mulher. Este devir não flui somente nas mulheres. Aliás, não deveria ser tomado como ‘privilégio’ ou ‘característica’ do feminino. A potência de criar vida está em todos os corpos. Sem a distinção sexista e binária de gênero masculino/feminino.

Em tempos de recrudescimento e de apologia da violência, tanto a social, com os justiciamentos e os racismos, assim como a do Estado, na criação de leis de ‘endurecimento’ contra manifestações populares, apelando para o autoritarismo e novas micro fascistações (os fascismos em nós), é a hora de apontar para novos devires.

Sós ou grupalizados, seres humanos afetados uns pelos outros podem, nas ruas, nas redes sociais, nos blocos ou em outros carnavais buscar como a Cecília, ao historicizar a relação entre a Psicologia e os Direitos Humanos, entender que “ é no nível das práticas cotidianas, micropolíticas, que podem estar alguns caminhos...”.  Segundo ela: “Aprendemos a caminhar neste mundo guiados por modelos. Estes nos dizem o que fazer e como fazer, ocultando sempre o ‘para quê fazer’...”.

Nessa homenagem a estas e todas as mulheres nos meus des-caminhos, como desejo de contaminar outras do desejo de novas cartografias, é que reafirmo Nietzche: - “Diz-se que a mulher é profunda- por quê? Se nela jamais chegamos ao fundo. A mulher não é nem sequer (ou se deseja) plana...”.

(A todas as outras ‘nuclêicas’: Cecília, Ana, Heliana, Tânia, Janne, Denise, Azoilda, Regina(s), Elaine, Leila, Maria Cristina, Isabel, Vera, Zelina, Kátia, Maria Lúcia, Ana Lúcia, Andréa, Cristina, Lília (terna parceira de ideias e textos, na dupla pós-68), e às outras que a Dona Memória não me permitiu recordar, envio, hoje, amanhã e no por vir meu mais doceabraçocomdevirmulhersempre...
E, como docelembrança, ficará para sempre Maria Beatriz Sá Leitão no coração do seu ‘capitão’ da Nau das Insensatas).

Copyright/left –jorgemarciopereiradeandrade 2014/2015 (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet e outros meios de comunicação coma as massas)

Cecília Maria Bouças Coimbra - Psicóloga, professora adjunta da Uff (Universidade Federal Fluminense), Pós-doutora em Ciência Política pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, Ex-Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-RJ, Ex-presidente da Comissão de Direitos humanos do Conselho Federal de Psicologia.

ALGUMAS LEITURAS CRÍTICAS INDICADAS –

Micropolítica. Cartografia do desejo: Felix Guattari & Suely Rolnik, Petrópolis, Ed. Vozes, 1989.

Clio-Psyché/Paradigmas: Historiografia, Psicologia, Subjetividades – Ana Maria Jacó-Vilela, Antônio Carlos Cerezzo, Heliana de Barros Conde Rodrigues, Rio de Janeiro, Ed. Relume Dumará, Faferj, 2003.

A Nova Desordem Amorosa – Pascal Bruckner e Alain Finkenkraut, São Paulo, SP, Ed. Braziliense, 1981.

Revista Caros Amigos, Ano VIII nº 92, Novembro de 2004 – “Abram os arquivos da Ditadura” – Entrevista explosiva: Cecília Coimbra, do Grupo Tortura Nunca Mais.
Sobre a Violência – Hannah Arendt, 3ª edição, Rio de Janeiro, RJ, Ed. Civilização Brasileira, 2011.

Crepúsculo dos Ídolos ou a Filosofia a Golpes de Martelo, F. Nietzsche, São Paulo, SP, Ed. Hemus, 1976.

PARA VER, ASSISTIR E REVER –

Hannah Arendt – Margarethe Von Trotta (atriz Barbara Sukova), Ano 2012: 

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